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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Goiabeira

(Crônica publicada no Monitor nesta sexta)

O pé de goiaba veio ao chão. Desabou sem maiores cerimônias. Ruiu de tal forma que interditou o quintal. Com o seu passamento vieram algumas reflexões. A primeira: o que fazer com aquele corpo imenso e pesado? De cara pensei em como seria embaraçoso esquartejar o bicho e prepará-lo para o funeral.

Não tenho moto-serra. Possuo um serrote de bons dentes, mas não o preparo para a empreitada. Pensei muita rapidamente na Defesa Civil. Sei por alto que eles cortam árvores de quintais quando elas ameaçam cair. Mas uma vez a coisa acontecida, não sei. Os galhos e os pedaços do tronco creio que o serviço regular de coleta não recolhe. Incrível que não há planos funerários para árvores em nossas vidas urbanas e tão maquinizadas.

O que levou a árvore ao chão motiva um momento filosófico que considero altamente auspicioso. O poderoso agente que provocou a queda do gigante foi um bichinho tão pequeno quanto as formigas doceiras: cupim. Sozinhos, atravessando o cimentado que leva o visitante à varanda da casa, eles podem ser esmagados com nossas pisadas. Mas os cupins andam devastando contas, móveis, assentamentos contábeis e arruinando a integridade de janelas e portas do Morrinho, berço do samba campista.

Juntos, sabem muito bem o que fazer para serem uma sociedade funcional e altamente organizada. É pouco provável que alguns deles tenham parado para elaborar uma crítica aprofundada a um sistema econômico existente no cupinzeiro. A vida de cupim realmente não pode se comparar a dos homens. Deve ser muito sem graça. Mas é muito curioso, enquanto fenômeno, como os cupins atravessam o caminho dos homens e geralmente promovendo grandes estragos.

É fácil dar um tempo nas formigas. Entretanto, contra cupim, às vezes, nem o pessoal especializado dá conta inteiramente. Decidi resolver eu mesmo. Ainda luto contra essa ideia moderna de que não vale a pena perder tempo com tarefas exaustivas do gênero. Muita gente vive nas academias fazendo um esforço danado para ter o bem-estar que um pouco de trabalho duro proporciona. E nesse último caso até com alguma filosofia.

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