Cada um lida com a gripe suína do jeito que pode. Com uma esposa grávida em casa arranjei uma maneira de fazê-la passear e ao mesmo tempo manter-se o mais segura possível. Saímos de carro nos finais de semana para encontrar e reencontrar cenários naturais próximos de nós.
No campo, nas praias, numa praça da cidade. Assim convivemos com as pessoas na distância regulamentar sugerida pelo pessoal da saúde. No meu caso atualizo os olhos. Não sabia que o Pontal estava tão mais devastado que nem exibe os restos de construções que vi da última vez.
Volto e encontro árvores dramáticas. A simbólica situação do Hotel do Julinho nocauteado e lambido pelo mar. Alvenaria e ferro contorcidos. Na cidade tem-se a impressão de haver menos gente nas ruas. Brinquedos públicos e particulares estão um tanto quanto despovoados.
Há informe de que as incubadoras estão em pleno uso com muitos bebês retirados do ventre materno para que as mães pudessem tomar o remédio. É possível que informações políticas estejam substituindo as realmente duras que advêm de momentos de impotencialidade humana diante de um quadro que foge ao controle.
Mas temos uma enorme capacidade de seguir em frente. De abstração, força mental e fé. Então vamos usá-las a nosso favor e nos cuidar. Deixo abaixo um pouco das muitas coisas que estão por ai e clamam de vida. É bom olhar para elas e transcender um pouco.
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