

Parece haver dois pesos e duas medidas na forma de as autoridades tratarem o litoral no interior fluminense. Em São João da Barra e São Francisco do Itabapoana foi exigida a derrubada de quiosques que estão a menos de 300 metros do mar.
Não é preciso uma trena para constatar que nas duas situações acima as construções estão a bem menos de 300 metros da água. No primeiro caso, trata-se de bares na beira-mar do Centro de Rio das Ostras.
No segundo, um outro na simpática e despojada praia do Abricó, na mesma cidade. Por que no Norte Fluminense a ordem é desfazer tudo e por lá aparentemente está tudo bem? É uma questão polêmica.
A idéia de legisladores, ambientalistas, Ministério Público Federal e Justiça Federal é preservar o litoral e a fauna marinha. Mas por outro lado há práticas que concorrem com esse desejo ambiental e legal.
Muito antes da cultura de consciência ecológica, as pessoas iniciaram a exploração dos espaços litorâneos. Toda a estrutura de turismo, seja a pública ou a privada - aí incluindo a indústria da propaganda e publicidade - consolidam um uso comodista, consumista e individualista da praia.
Então fica aquela questão inconclusa: derrubar tudo, ou abrir exceções com potencial de contenda.
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