
Uma primeira leitura que esta vitrine de Dia dos Namorados sugere: pode ser de qualquer país de língua inglesa, aonde o dia dos casais seja comemorado. Comemorado ou programado pela publicidade, a propaganda e o comércio?
Mas a vitrine não é de Londres ou Estados Unidos, onde o Valentine Day acontece em 14 de fevereiro. Na verdade é de uma loja da Pelinca. Isso me faz pensar em que tentar ajustar os modos linguísticos do Brasil a seus irmãos de influência lusa talvez seja esforço de validade relativa. Os da terrinha portuguesa não parecem se interessar muito por isso.
Pelo menos em Campos, na hora do vamos vender, expressões isoladas da língua de Shakespeare, ou frases inteiras comparecem com firmesa. Para além do exemplos abundantes no comércio, nas promoções de festas para universitários, há os nomes de prédios. Uma das marcas de nosso jeito estranho de ser.
Ah, Dia dos Namorados! Há os que ainda acreditam no amor, na célula viva de um relacionamento se não tão perfeito mas, estimulador aos extremos para a caminhada a dois. E como vale a pena! Apesar do sombrio dia, testemunhamos casais enamorados, na firmeza de seus sentimentos percorrendo ruas e avenidas a procura do belo e do bom convívio em qualquer cantinho.
ResponderExcluirVivemos num mundo globalizado e não é de hoje.
ResponderExcluirNossa cidade, uma das quarenta maiores do país, sofre toda as influências dessa globalização, desde as mais positivas quanto as mais nefastas. A influência da língua inglesa é natural, num mundo globalizado onde o inglês é a língua universal e, nossa língua, o português (alguns até defendem que deveria ser chamado do brasileiro), viva, dinâmica, acaba por absorver palavras e expressões de outros idiomas.
Isso é compreensível mas, não justifica o exagero estampado nessa vitrine e, me pergunto, será que o lojista teve um bom retorno de vendas? Afinal, nem todos os clientes são poliglotas.