Uma revoada de pombos-correio acontece todas as manhãs e tardes na Avenida Pelinca. Acredito que o vôo sincronizado das aves tenha outros apreciadores além de mim. Comum em praças, a presença deles no local tem algo de inusitado.
Os pombos-correio geralmente são criados em caixotes por pessoas que moram em casas. Mas nessa localidade, na "zona sul" de Campos, chega a surpreender. A Pelinca e o vizinho Parque Tamandaré registram um grande processo de verticalização. Em que, inversamente, prédios de vários andares são plantados no chão e árvores desaparecem.
Em que os quintais somem e os playgrounds - naqueles condomínios onde isso é possível - tomam seu lugar. Tenho dúvidas sobre essa tendência da cidade. Plana, contemplada por vento nordeste que suavisa os tórridos verões, precisava a vista ser concretada desse jeito?
Pretendo aprofundar o tema verticalização mais pra frente. Por hora ficam aí os pombos em seu vôo rotineiro sobre casas e entre prédios, como uma metáfora pra gente pensar.
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