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A intenção é promover um diálogo entre fotografia, geografia e jornalismo.

Não é proposta, a princípio, trabalhar com o factual. Muitos blogueiros fazem isso com a maior competência. Os que mais sigo estão indicados na lista.

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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Campos e Macaé, os diferentes quintais


Um vizinho passa a ter verdadeira dimensão de como anda seu quintal quando olha o do outro. Nesse momento, aquilo que parecia ser um matinho razoável ganha proporções negativas. Afinal, o vizinho tem grama e jardim florido.

É mais ou menos o que me ocorreu ao reparar nessa placa na entrada de Macaé. Nas duas principais entradas da cidade ela se faz presente. Veio logo a indagação inevitável. O que se poderia escrever numa dessas erguida nas entradas de Campos dos Goytacazes?

Somos capital de quê? Sim, eu sei que o noticiário policial recente e de um tempinho atrás nos projetou no cenário nacional, não como produtores de petróleo, mas de farta corrupção.
Mas estou sempre a fazer essa reflexão, a do para onde podemos ir. O referencial do passado não anima muito. Poucos lugares no Brasil tiveram uma eliminação de índios, habitantes originais da planície, tão eficiente. Não sobrou quase nada dos bravos goitacazes.

Da mesma forma tratamos com os maiores requintes de crueldade os negros escravos. Tudo por aqui sempre foi tacanho, reacionário, dissimulado. A elite patrimonialista, individualista, incansável na administração de seus privilégios.

Quando a oportunidade de redenção econômica surgiu no cenário local, os usineiros fizeram o que puderam - num contexto de ditadura militar - e a indústria do petróleo plantou sua capital nas terras do vizinho.

Posso dizer vizinhos porque até Rio das Ostras tem tirado bom proveito.
Basta conversar com donos de pousadas para saber que há boa ocupação de seus leitos com pessoal da Petrobras, que para lá é enviado em cursos. Trabalhadores de vários estados do país.

A nós tem restado olhar como o vizinho redesenhou sua cidade. Suas avenidas que integram diferentes setores do município. Como grandes hotéis ali se instalaram, as empresas do setor petrolífero por aí vai.

Estudos aprofundados sobre o impacto da indústria do petróleo nas cidades do Norte Fluminense podem ser acessados em instituições como o IFF e a Candido Mendes, campus Campos.
No momento, Macaé é realmente a capital do petróleo com sua feira internacional que mais uma vez se realiza.

Boa cobertura pode ser lida no blog do professor Roberto Moraes e, claro, nos nossos tradicionais jornais.

Um comentário:

  1. Caro Blogueiro,

    Acho oportuna sua reflexão, principalmente pela forma de pensar sua cidade, refletir sobre possíveis alternativas p o seu município, o que p mim é um grande exemplo de cidadania.

    Gostaria de propor aqui uma reflexão, que não necessariamente seria uma alternativa certeira, mas uma possibilidade.ok?

    Veja o caso de Quissamã. É um grande exemplo p todos os municípios. Enqto também era vizinha a Macaé, simplesmente, também conhecida pela produção de coco e água de coco, hoje encontra resultados na visionária atitude do gestor público em implementar um novo projeto de Longo Prazo para a cidade. Ao invés de ficarem como coadjuvantes (vizinhos), resolveram aproveitar a proximidade e fazer de Quissamã o quintal frutífero, onde os abastados "reis do petróleo" e todo os arcabouço que gira em torno dessa indústria, possa descansar ou desfrutar de seu patrimônio, de lazer, enfim...

    Seria uma alternativa para Campos?

    Gosstaria que pensasse nisso e não só refletisse esse passado negro da economia campista, de usineiros, de escravidão, etc., mas de preservação da memória econômica, histórica e cultural brasileira.

    Gostaria de um retorno.

    Att.

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