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A intenção é promover um diálogo entre fotografia, geografia e jornalismo.

Não é proposta, a princípio, trabalhar com o factual. Muitos blogueiros fazem isso com a maior competência. Os que mais sigo estão indicados na lista.

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sábado, 20 de junho de 2009

Gente Poesia


A pétala de rosas do IFF

Carol ataca a vida com fúria. Não é para menos. Quando nasceu cabia numa caixinha de sapato. Veio prematura. Amigas da mãe que a viram tão pouco promissora naquele momento hoje indagam: "Das Dores aquela criança virou essa pétala de rosas?" Aos dois anos enfrentou a primeira de uma série de cirurgias para consertar a coluna.

Ela tem uma escoliose congênita progressiva que a impede de passar de um metro e 33 centímetros. Sem tem órgãos menores que o de outras moças de sua idade, o entusiasmo de viver pode superar o da maioria.

O riso é tão constante em sua boca que quando fica quieta todos a sua volta notam logo que algo está errado. Os olhos verdes e brilhantes são um dos seus motivos de orgulho. E eles ficam facilmente acesos quando o assunto é baile.

Aí Ana Caroline Pessanha Barreto é capaz de treinar por horas seguidas para conseguir ficar em cima de uma sandália plataforma de 17 centímetros para não fazer feio. Um dos seus lugares preferidos é a praia do Açu, no litoral fluminense.

Ali encontra nos fins de semana amigas como a produtora Adriana. Juntas formam uma dupla do contraste. A amiga com seus 1,80 m e “Carolsinha” nos 1,33 m. Com outras amigas elas se esbaldaram recentemente no show do Calypso.

Tudo devidamente fotografado e filmado. Os bailes no Açu chegam a durar seis horas. As moças prendadas estão tão raras quanto uma sandália 33 para Carol. Pelo menos uma que não seja de loja de criança.

Mas ela aprendeu a se sair bem nas tarefas do lar. Graças a mãe, dona Maria Carlos, 74, domina o básico. Diz que cozinha bem, mas ao mesmo tempo admite que no início seu arroz podia ficar grudado no azulejo.

Hoje dá conta até de mocotó. A colega de trabalho Michele Ferreira, 23 não leva fé. “Não acredito que ela cozinhe bem. Só quando ela trouxer pra mim que vou acreditar”. A comidinha ainda não chegou ao setor de multimídia do Instituto Federal Fluminense (IFF) onde Carol trabalha.

Ela é uma das bolsistas de iniciação ao trabalho da instituição. Depois do ensino médio completo projeta um novo desafio, o curso de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (UFF) que há décadas funciona em Campos.

Mas o desanimo tem rondado sua cabecinha. Em julho será preciso tomar a decisão. Até lá, Carol seguirá entre bailes, sandálias plataforma e um outro prazer: as paqueras. Recentemente ficou encantada com um técnico de informática.

A espontaneidade com que descreveu o impacto do encontro é típica dela: “Bonito, educado, simpático, não muito alto e faz meu estilo. Corpinho saradinho! Percebi que tem um abdome ali. Tanquinho, bonitinho!”.

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