A força da rapaziada
Os grêmios estudantis de Campos estão em grande atividade. O motivo para todo um conjunto de articulações e caça a votos é o futuro da tradicional Federação dos Estudantes de Campos (FEC). Esta semana, uma das correntes que se candidata a comandar a entidade fez um encontro no IFF (ex-Cefet).
Segundo informação de uma fonte, 12 grêmios participaram. Entre eles o de escolas com grande número de alunos, como Félix Miranda e Isepam.
Infelizmente não pude ir aos detalhes sobre o assunto nos jornais. Apenas o jornal o Diário compareceu.
O assunto merecia atenção melhor da mídia local. Faço referência neste caso aos jornais. As televisões em geral só cobrem campanhas políticas e só mostram algo dos setores políticos quando o assunto resvala para o lado da polêmica – ou como tem sido freqüente, polícia.
É uma pena.
O grosso da população ainda se informa e forma opinião pela tevê e pelo rádio. Esse último vai do circo ao toma-lá da-cá mais descarado. Além do mais é repositório de toda sorte de programas de políticos e religiosos – vários deles de péssimo gosto. Mas o assunto deste texto é a rapaziada. Acho que os jornais, que têm editoria de política, deviam acompanhar melhor porque o movimento estudantil é atividade política.
Não é demais lembrar o uso que os governos Arnaldo Vianna e Alexandre Mocaiber fizeram da FEC. Com uma diretoria equivocada, a entidade foi usada para defender essas administrações – a última alcunhada de desgoverno Mocaiber. Lógico que há interesses partidários e outros no movimento estudantil. E é bom que seja assim. Se tem alguém que pode mudar alguma coisa é o jovem.
Do tal encontro participaram quadros políticos como Paulo Albernaz, Mário Lopes e Papinha. Um foi governo, o outro é e o terceiro é um jovem vereador. Não vou gastar minhas poucas linhas cedidas pelo Monitor para falar da importância histórica da FEC. Isso é fácil de saber. Quero apenas deixar para reflexão o seguinte: vivemos na era do cinismo, da solidão coletiva, do FDS – leiam dane-se porque não posso escrever aqui na íntegra.
E quem sacudiu o Centro de Campos recentemente, numa manifestação contra a violência que tira a vida de jovens? Os grêmios articulados, os diretórios acadêmicos, os estudantes. Eles são talvez a única alternativa de contraposição à indiferença, uso criminoso das instituições políticas e da esperança popular.
Antonio, acho que faltou explicar. O paulo albernaz foi presidente da FEC em 62, o Mário lopes, além de ser presidente da FMIJ e de ser presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente é ex-presidente do grêmio do IFF. Já o Papinha além de vereador, é o presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Municipal.
ResponderExcluirPArabéns pelo artigo, gostamos muito.
Um abraço e a luta continua!