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A intenção é promover um diálogo entre fotografia, geografia e jornalismo.

Não é proposta, a princípio, trabalhar com o factual. Muitos blogueiros fazem isso com a maior competência. Os que mais sigo estão indicados na lista.

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quarta-feira, 15 de julho de 2009

"A essência está nos detalhes"



A cidade vive, respira, se expande. É múltipla, diversa, mas tem seus limites. Espremida cada vez mais pelos carros exige dos gestores grande capacidade criativa e rigor. Esta última qualidade para coibir nossa inclinação enorme pelo desrespeito ao direito do outro, representado pelas leis. O cruzamento da Avenida Pelinca com Voluntários da Pátria é um laboratório a céu aberto do que se diz aqui. O problema desse ponto da cidade reflete uma situação corriqueira da sua totalidade.

A dupla estrutura de semáfaros divide a fila de carros entre quem vai tomar a esquerda para seguir na direção do Pelincão e a direita para a Conselheiro Otaviano - a rua do Hospital Dr. Beda. Isso exige que os motoristas se posicionem na faixa da esquerda ou direita respectivamente. A todo momento alguém pára do lado direito e ignora absolutamente o interesse dos que querem usar essa metade de rua para a finalidade prevista.

A Empresa Municipal de Tânsito (Emut) pode resolver o problema da falta de sinalização colocando uma placa vísivel antes da Igreja Mãe dos Homens. Ela fica a cerca de 50 metros do cruzamento. Assim o motorista terá tempo de ater-se ao detalhe: é preciso escolher o lado certo.

A outra questão envolvida no problema remete ao popular "o buraco é mais embaixo". É o desafio da educação, da família, de cada um de nós: formar gente capaz de gostar muito de si, mas também do outro e da percepção de que somos um coletivo - como se diz nas prisões.

Sei que garotos de classe média são co-criados por empregadas que não raro ganham menos de um salário mínimo e pela televisão. Sei que os excluídos sobrevivem como podem. Reconheço que o município de Campos hoje é conhecido não pelos grandes professores que teve e têm, os bons jornalistas, os bons comerciários, os bons trabalhadores, seu bom povo, mas por uma minoria de corruptos.

Mas quero acreditar que as pessoas que aprendem algo na vida, suficiente para poderem comprar carros e se habilitarem a dirigi-los, bem que podem também ser cidadãos no sentido pleno do conceito.

Um comentário:

  1. queremos acreditar na viabilidade da cidade, meu caro.

    queremos acreditar.

    e um dia poderemos, certamente.

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